Wayne Hussey era uma figuraça. Cabelos compridos, batom vermelho nos lábios, maquiagem deixando seu rosto inglês ainda mais claro, óculos escuros, pulseiras, colares, adereços e seu inconfundível chapéu, faziam dele um ícone “dark”.
O som do Mission é cheio de atmosferas sombrias, muito delay e chorus nas guitarras, violões de 12 cordas, teclados e a voz cavernosa de Hussey falando de escuridão, terras distantes, cristais e afins.
Gods Own Medicine foi lançado em 1986 e, mesmo sendo seu disco de estréia, trazia a banda no seu ápice criativo. Ao lado do terceiro álbum, Children de 1988, é o melhor trabalho do Mission. Shows sempre lotados, turnês mundiais que passaram até pelo Brasil elevaram os ingleses ao status de grande banda nos anos 80-90.
Hussey dizia ter um repertório limitado de palavras nas suas letras, kisses, heaven, love, prayer, dance, dream estão presentes em quase todas elas, como se flutuassem permanentemente no seu imaginário.
O álbum tem vários clássicos. Wasteland com sua guitarra hipnótica fazendo um solo contínuo atrás da base e seu refrão marcante “Over this land, all over this wasteland…”, Garden Of Delight com seu arranjo sinfônico de cordas e piano, Stay With Me, um clip que fez muito sucesso na época, Sacrilege e a enigmática Severina.
Na última turnê da banda pelo Brasil, no ano 2000, Hussey conheceu uma brasileira, se apaixonou, se casou e foi morar em Piracicaba, interior se São Paulo. Dark, ou gótico para os mais “moderninhos”…
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